Eu é que tenho problema ou esse vídeo dos Strokes dá... tipo assim... barato?
(é pergunta retórica, tá, gente? Eu que ando mesmo com problema, meio adolescente demais, ouvindo Interpol, Arcade Fire e Strokes sem parar...).
Se te pareço noturna e imperfeita/ Olha-me de novo. Porque esta noite/ Olhei-me a mim, como se tu me/ olhasses. E era como se a água Desejasse/ Escapar de sua casa que é o rio / E deslizando apenas, nem tocar a margem. Te olhei. E há tanto tempo/ Entendo que sou terra. (Hilda Hilst)
Eu é que tenho problema ou esse vídeo dos Strokes dá... tipo assim... barato?
(é pergunta retórica, tá, gente? Eu que ando mesmo com problema, meio adolescente demais, ouvindo Interpol, Arcade Fire e Strokes sem parar...).
Ô coisa límpida de se desejar: que seja doce.
(E eu não consigo pensar nessa frase sem me lembrar do Mauricio, que é das companhias mais doces que tenho nessa minha vida...).
Dica da Flávia! Me acabei de rir!
Mas me deu também um pouco de saudade, de carregar o Rô no sling. Ele continua amando um colo, mas cada vez que a gente o pega, parece que as pernas dele escorrem mais para fora da gente... Ele tá enorme e abandonou o sling e o mei-tai há tempos... um dos meus sling inclusive tá circulando por aí, entre amigas e suas filhotas. Mas que dá saudade de quando era só colocá-lo no meu pertinho e sair por aí, isso dá!
Calma! Ainda não tô falando do Natal e nem do Ano-Novo... Por aqui estou me preparando mesmo é para as férias do Rô, que começam na próxima quarta-feira e só terminam no fim de janeiro. Estou tentando correr com as coisas que preciso fazer porque depois de terça que vem... trabalho só de noite e aos finais de semana.
Ele está muito contente que as férias estão chegando. Este ano não foi mole pra ele, com mãe doida terminando tese... E mesmo que ele tenha ficado em casa em julho, eu não estava propriamente de férias, já que estava naquela transição fim-antecipado-de-bolsa + procurar trabalho + pegar o que aparecesse.... Mas agora não: pelo menos até a primeira quinzena de janeiro tô por conta dele.
Temos nos preparado para as férias: já checamos o estoque de guache; estamos colecionando sucata; eu já selecionei alguns projetos, como softies, dragões e uma coroa de feltro... Até estamos planejando coisas gostosas para fazer e comer: cookies, bolos, pães, cuscuz baiano (tem uma milharina comprada faz tempo, mas quem disse que no café da manhã conseguimos fazer? E eu tenho ótimas lembranças de comer o cuscuz que a Vanuzia fazia de manhã, com manteiga derretendo, acompanhado de um café feito na hora. Podia ser segunda-feira que passava a parecer domingo!). Eita! Depois das férias, vou ter que passar um mês num spa ;-)
(Vou abrir um parêntese: sexta passada eu estava no Centro Público de Economia Solidária de Osasco e um empreendimento estava produzindo uma encomenda no Café Oficina. Eu parei lá uns minutos, para comprar um suco de laranja e fiquei olhando o cuidado delas, fazendo esfihas de escarola, e me deu uma saudade das tardes na casa da minha avó... do processo de fazer recheio, mexer a massa e depois sentar para enrolar coxinhas e bolinhas de queijo ou fazer esfihas e empadas. Já falei disso antes: de como aquelas tardes, passadas no espaço de uma casa que estava repleta de pessoas e de histórias, tem um sabor especial e constituem um tempo querido dentro de mim. Sexta-feira, tive a sorte de reviver um bocadinho disso...).
Para encerrar este post meio nonsense, acho que estou tão animada com essas que são as primeiras férias do Rodrigo sem que eu tenha que pensar em tese porque ele parece estar me fazendo há tempos um pedido que o Zé Miguel Wisnik colocou lindamente em uma canção chamada "Tempo sem tempo": "vê se encontra um tempo pra me encontrar sem contratempo por algum tempo...".
Vamos lá, então: subverter o tempo, desviar da sua linearidade, brincar de esticá-lo em tardes preguiçosas, horários flexíveis... fazer da casa um espaço de cheiros, sabores e texturas... assistir TV de tarde, ficar de pijama o dia todo... Deixar o tempo vazio pra gente não ter que pensar no que quer, até querer.
Imagem: Relógio Salvador Dalí, tirado daqui.
Era chuva fina quando fui deitar
daquelas eternas, que acinzentam por dentro.
No meu sonho, porém, tudo explodia em luz
e mesmo a dor era mansa
e mesmo a paixão era tranquila -
instante, mas também futuro.
Tinha gosto de beijo roubado,
tinha vertigem de abismo bem debaixo dos pés,
tinha alegria sem sombra de angústia.
Era bom o sonho. Era sonho de agosto.
E acordei relutante,
quase com vontade de ficar morando nele.
* Título de uma canção da Bebel Gilberto.
Imagem: Alicia Varela
... que pelo menos seja com poesia :-)
Desde ontem, minhas costas deram de doer um monte. E, como acontece nessas ocasiões (que eram frequentes durante algum tempo, mas tinham parado há uns quatro anos), me lembrei do Drummond e de seu poema dolorosamente lúcido, em que ela fala da vida como ordem e do peso imenso que carregamos sobre os ombros - a mão de uma criança: a lembrança, bem em meio à tempestade do presente e da vida nua, de que há que guardar espaço para o futuro.
Os ombros suportam o mundo
Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.
Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.
Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teu ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo,
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.
- A quinta temporada de Supernatural começou bem; mas vamos combinar que Castiel podia ter aparecido mais, né?
- Espero que não vá ser uma temporada de muitas DRs entre Sam e Dean, que ninguém merece!
- Uma das coisas que mais gosto na série realmente é o fato deles tirarem sarro de si mesmos com frequência :-)
- Sessão nostalgia: não é que dei de cara com um vídeo do Toto? Uma música que era trilha de novela, em 1986...
E chega de notícias inúteis nesse post de hoje.
Nãããõ ficoooooou liiiiinda e simpáááááááática? ;-)
- Sabe aqueles dias em que as coisas vão se embolando, embolando e quando você percebe, o dia quase acabou e você não conseguiu fazer NADA do que tinha planejado? Pois ontem e hoje foram assim. E eu tô três vezes mais cansada do que estaria, se tivesse feito tudo que tinha pra fazer, porque não tem nada pior do que correr como barata tonta e ainda assim não sair do lugar :-(