24 agosto, 2009

Coração quentinho

O Rodrigo não anda a fim de sair de casa. Simples e definitivo assim: não importa qual seja a proposta, o ser prefere ficar dentro de casa, brincando ou mesmo assistindo filmes (agora ele entrou na onda de "Princípes e Princesas", do Michel Ocelot, que é lindo e divertido mesmo). Não quer ir ao parque, não quer ir a aniversários.

Eu e o Edu já estávamos ficando preocupados. Ainda que achemos que é só uma fase, sabe como é: já estávamos cogitando problemas - em casa, na escola, sei lá - , tecendo hipóteses, imaginando soluções... Mas ontem, conseguimos convencê-lo a ir à festa de um amiguinho de quem ele gosta bastante.

Chegamos lá, mas os amigos da escola mesmo não tinham chegado. Ele então ficou tomando chocolate quente (a festa era às 10h da manhã, então era um café-da-manhã, delicioso) e se ambientando. Disse não a todas as nossas tentativas de fazê-lo experimentar os brinquedos, fez birra para a mãe do amiguinho, mas pelo menos não deu chilique nenhum, só ficou observando...

Os amiguinhos dele começaram a chegar, e, num passe de mágica, de repente ele estava brincando, pulando, correndo. De vez em quando checando para ver se não sumíamos, mas ainda assim se divertindo muito com as brincadeiras propostas pelos monitores.

[A festa foi em um buffet muito bacana, que trabalha numa linha antroposófica, então não tem nada de brinquedos barulhentos, quilos de açucar, crianças alucinadas etc. Tinha sucos naturais, espaço amplo, contação de histórias e brinquedos em sua maioria de madeira, para estimular a imaginação. Muito, muito bacana. Ao invés da exaustão de um tempo que foi vorazmente consumido, a gente sai com a sensação de paz, gratidão e encontro].

Em uma certa altura, vejo o Rodrigo passar e se aproximar de um dos amigos da escola. Aí, ele estendeu a mão e perguntou: "E., vamos brincar lá fora?". Mais que depressa, E. ignorou os apelos da mãe dele, que queria que ele parasse para comer alguma coisa, deu a mão para o Rô e lá foram os dois, explorar o quintal. Tão doce, vê-los correndo de mãos dadas! Tão queridos, em sua aprendizagem de companheirismo e amizade...

Vão vendo que o único problema que o Rodrigo aparentemente tinha era um bastante comum: preguiça :-)

2 comentários:

  1. hum. esse problema eu tb tenho. =P
    o buffet era o casa amarela, casa tupiniquim, pindorama?
    bj

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  2. Não é mesmo bastante compreensível, ainda mais nesse tempinho sem-vergonha ;-)?
    A festa foi no Casa Amarela; muito bacana; fiquei encantada com tudo.
    Beijos!

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