Com essa história de escrever quase todo dia, parece que vai ficando mais fácil encontrar os fios que a vida deixou soltos lá atrás para amarrá-los hoje, nesse esforço de - costurando passado, presente e futuro - consistir um pouco mais.
E então topei com esse pedacinho de poema do Gullar, que estava guardado lá no livro das epígrafes e que eu adoro:
Amigos morrem,
as ruas morrem,
as casas morrem.
Os homens se amparam em retratos.
Ou no coração de outros homens". (Ferreira Gullar).
Sensação de gratidão e eternidade, olhando a trama, por amparar tanta gente no meu coração. E poder me sentir amparada também: nos olhos, braços, gestos e palavras daqueles que eu amo.
Imagem: http://www.overmundo.com.br/banco/patchwork
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