13 junho, 2012

Parir não é um ato médico

Com o Rodrigo tão crescido, faz tempo que não falo aqui sobre parto. Mas frente à ameaça do Cremerj de denunciar o Dr. Jorge Kuhn por suas declarações em entrevista ao Fantástico do último domingo, não dá para ficar em silêncio.

Então, deixo aqui o link para a petição online cavando uma discussão sobre parto baseada em evidências, que não alimente mitos e medos, e devolva a nós os direitos sobre nossos corpos.

E no domingo, em São Paulo e em outras cidades, haverá mobilização, em defesa de Jorge Kuhn, mas principalmente em defesa da garantia de nossos direitos reprodutivos:

Local: Vão central do MASP, Parque Mário Covas - Passeata até o Cremesp
Data: 17 de Junho, domingo
Horário: 14h da tarde
Contatos: Ana Cristina Duarte (11) 9806-709

Já falei da minha própria experiência de um parto 'normal' em hospital aqui. Se um dia eu tiver outro filho de barriga, o plano A certamente será a nossa casa: sem raspagem de pêlos, sem ocitocina, sem anestesia, sem obrigação de ficar deitada, sem enfermeira em cima da minha barriga, sem episiotomia, sem colírio, sem vitamina k injetada, sem aspiração, sem corte rápido de cordão... Com respeito a mim e ao recém-chegado, aos nossos tempos e afetos. Parir não é um ato médico!

Veja também:

Carta aberta em repúdio ao Cremerj
Quem escolhe somos nós
Parto humanizado domiciliar: direito das mulheres
A mulher deve escolher onde e como quer ter o bebê


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