vezemquando a vida lateja mais. eu achava que era a falta de sol, a monotonia do cinza que faz dia e noite se parecerem. em dias de garoa fina, é como se o corpo ficasse sem pele e a alma arroxeasse a qualquer toque - rememoração de quaresma a pedir delicadeza e silêncio. mas não sei se é só a saudade do azul e amarelo que explica o coração em sobressalto, como se entre as batidas morasse uma tristeza fina querendo escapar. acho que é a dificuldade de respirar quando a gente caminha sentindo a vida passando, em toda suas intensidades, agridoce. tempo de lembrar os mortos, os caminhos abandonados. tempo de ouvir atentamente os prenúncios de vida - a primavera que mora dentro do inverno. tempo de respirar mais fundo, a leveza do suspiro pontuando o contínuo escorrer - da vida, da água, do tempo.
So may the sunrise bring hope where it once was forgotten:
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