26 abril, 2008

Modo: Ordem Aleatória

Rodrigo no café da manhã:
- E agora, José? Vou comer um bolinho.
Diz se não é para querer apertar. E diz se o Rodrigo não resolveu o problema do coitado do José do jeito que só as crianças conseguem...

(Eu tenho mania de perguntar "e agora?" quando o Rô faz alguma coisa atrapalhada. E numa dessas vezes, disse "E agora, José" e ele achou o maior barato. Então eu li a poesia para ele. E não é que o menino gostou? Vira e mexe ele pergunta para si mesmo: "E agora, José?" e vai continuando: "acabou a festa, "acendeu" a luz...").

A Bia - irmã mais velha do Rô - diz que ele vai ser excluído na escola porque vai ficar recitando Drummond, cantando músicas estranhas que ninguém conhece.

(Hoje eu estava cantando para ele "Alguém Total", do Luiz Tatit, que é uma música que fala de abraço. E quando acabou, ele me pediu para cantar de novo. "Canta mais, mamãe, a música do abraço". É. Talvez a Bia tenha alguma razão).

E o que eu mais gosto sobre fazer a feira no CEASA, além da qualidade das frutas - que em nenhum sacolão ou supermercado é a mesma - é de trazer sempre flores para a casa. Adoro.

(E a Batchan que atende a gente adora ver o Rodrigo pendurado no mei-tai - que ela chama de ombu - e sempre acaba dando um raminho qualquer de presente. Outro dia ganhei um ramo de eucalipto, que perfumou a casa a semana toda).

Hoje tentamos arrumar algumas coisas em casa, que estavam acumuladas desde janeiro, quando reformamos o quartinho-escritório. Achei tanta coisa gostosa - cartas, bilhetes, cartões. Os do Petronio me levaram de volta à biblioteca antiga da Sociais, aos domingos em que a gente sempre se encontrava para almoçar ou passear. Eu acordava cedo, ía à missa e na volta (a casa dele era no caminho), comprava jornal e passava para vê-lo. E assim acabávamos passando o dia juntos. Era tão gostoso. E o Petronio é uma das pessoas mais bem humoradas e inteligentes que conheço. E também pura doçura e leveza.

(E é tão inteira essa sensação de gratidão à vida pelas pessoas que a gente teve a sorte de encontrar. Mesmo que a gente se perca depois).

Eu odeio Lost. Pelo menos no intervalo de tempo que vai de um episódio ao outro. Eu só gosto de Lost nos cinqüenta minutos em que estou assistindo. Depois odeio. E não vou escrever mais porque já basta os spoilers que solto sobre os livros que comento. Mas o último episódio foi f...

(E já que toquei no assunto séries, estou morrendo de saudades do Dexter. E do House. E é o suficiente de homens mau-caráter de quem tenho saudade.)

Para terminar, um desejo: Zeca Baleiro cantando Hilda Hilst? Eu quero-eu quero-eu quero.

Um comentário:

  1. eu dou-eu dou-eu dou,
    aliás,
    eu encomendei-eu encomendei-eu encomendei,
    não se mexa! segure seu cartão!

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