27 novembro, 2008

Sinais

"Ela nunca atravessava a rua se o farol estivesse vermelho. Havendo tempo de sobra para cruzar de um lado para o outro ou mesmo carro nenhum à vista, a moça ainda assim permanecia parada na esquina, esperando pacientemente que as luzes ficassem verdes. Há que respeitar o sinal, ela afirmava sorrindo, sem se importar muito com o sarro que os amigos tiravam, o que frequentemente acontecia. Da mesma forma o preço das coisas. Para ela cem reais eram cem reais e pronto. Não era o que tava escrito na plaquinha?
Ela não furava fila.
Ela não falava alto.
Ela observava os limites de velocidade.
Até que um dia ela se apaixonou por uma pessoa comprometida. E esse – apenas esse – sinal ela não conseguiu respeitar", (Flávia Stefani).

Daqui, ó. Tão simples e tão bonito.

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