17 junho, 2009

Ana Lucia

Ontem fui à defesa de doutorado da minha querida amiga Ana Lucia. São treze anos de convívio e de uma amizade absolutamente fundamental para que eu me enraízasse nessa cidade.

A Ana é um baita mulherão. Linda, charmosa e (por que não dizer?) gostosésima. O Vini dizia que Ana era a "mulher que exala", porque a Ana é mesmo um poço de feminilidade. E inteligente que dá até medo.

A gente é tão, tão diferente, que confesso que não me lembro quais foram as circunstâncias pelas quais nos aproximamos. Ela, super desbocada, e eu, super tímida (mesmo que só à primeira vista): água e óleo. Mas uma mistura boa. Com a Ana, li a quatro mãos (como ela bem definiu nossa intensa correspondência nos primeiros anos de faculdade). Por ela, eu fazia o exercício cotidiano de mergulhar na literatura e ainda voltar com fôlego para compartilhar as principais descobertas. Saramago, Clarice, Drummond, Bandeira, Quintana: nossa moeda de troca.

Foi com a Ana que descobri o centro de São Paulo. Subir no prédio do Banespa era quase um vício; andar pelo Anhangabaú, visitar o Mercado Municipal em busca de alheiras e cavacas, tomar café no Girondino... Dividir as descobertas, as crises, as dores, os erros e acertos... Dormir no meio da tarde no sofá cama da quitinete de paredes vermelhas (ou tomar chá de menta, comendo pão de queijo e ouvindo o Mauricio dizer que "não era livre para parar de comer amendoim japonês'!). Muita coisa gostosa, muitos momentos daqueles que a gente guarda com carinho porque sabe o tanto que significam.

Nessa reta final do meu trabalho, a Ana foi essencial. Me ouviu, me acolheu, me deu uns chacoalhões.

Ontem, quando a defesa começou, já na resposta à primeira arguição, a Ana deu o tom do que seria aquele diálogo: foi uma defesa brilhante (sem nenhum exagero). Ela deu show e mostrou que entende do riscado. Foi conversa de igual pra igual, e olha que a banca não era fraca... Foi lindo, lindo. E minha admiração por ela só aumentou ainda mais.

Ana: quando eu crescer, quero ser como você.

4 comentários:

  1. Eu já falei pra Ana que eu volto pro mestrado se ela for minha orientadora! :-)

    ResponderExcluir
  2. Apesar de ser um comentário no blog da Fa, eu gostaria de dar Parabéns a Ana pela conclusão do seu doutorado. Embora só nos encontrems umas duas vezes por ano, tenho um carinho muito grande por ela, pela amizade que tem com a minha filha e por que não dizer, pela coragem que ambas têm de viver a vida de acordo com o que acreditam, o que nem sempre é fácil. Fa, espero que sua defesa também seja impecável, apesar dos obstáculos que encontrou para conluir o texto. Torço por ambas, para que se sintam felizes com as suas escolhas, pois afinal, isto é o que faz um boa vida. Beijos, Virginia

    ResponderExcluir
  3. Meus amores: ontem eu escrevi para a Fabi, depois de me recompor dessa lindeza que ela me escreveu, para dizer que eu estou um pouco vazia, e envergonhada porque vocês merecem mais do que o meu vazio. Eu não posso com vocês, eu amo vocês. Amo de um amor tão bom, de um amor tão livre, de um amor tão seguro. Eu não posso sem vocês.
    Forever yours....

    ResponderExcluir
  4. Pois eu também vou aproveitar o blog da Fabi para conversar com a Virgínia e dizer a ela que para mim ela é uma querida, e que mesmo as duas ou três vezes por ano que nos vemos foram suficientes para criar um vínculo de mito afeto, e quamdo eu vou para a Fabi nos dias de festa, eu sempre vou contando que vou encontrá-la e que vamos passar momentos divertidíssimos juntas. Virgínia, você mora no meu coração. Muitos beijos para ti.

    ResponderExcluir