Esse peso, essa dificuldade de respirar, essa indecência de azul no céu sem nuvens? Esse desejo de ficar em silêncio, essa urgência de me comunicar, essas lembranças a um só tempo boas e doloridas? Essa estranheza por debaixo da pele, esse pressentimento de que a vida pode ser outra coisa?
Oficialmente: é agosto por dentro.
Mas aí, pra distrair Agosto, a gente leva o filho pra cortar o cabelo, caminha com ele de mãos dadas pelas ruas, enche o coração de tanto olhar a pessoinha querida crescendo, senta no balcão da padaria pra dividir com ele um chocolate quente e de uma só vez, ganha dois presentes: um beijo na mão, roubado pelo filho, e um olhar raso de lágrimas da moça que está ao lado, observando que "carinho assim, é coisa de criança amada". E nem Agosto resiste diante de tanta doçura...
Oficialmente: é agosto por dentro.
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Mas aí, pra distrair Agosto, a gente leva o filho pra cortar o cabelo, caminha com ele de mãos dadas pelas ruas, enche o coração de tanto olhar a pessoinha querida crescendo, senta no balcão da padaria pra dividir com ele um chocolate quente e de uma só vez, ganha dois presentes: um beijo na mão, roubado pelo filho, e um olhar raso de lágrimas da moça que está ao lado, observando que "carinho assim, é coisa de criança amada". E nem Agosto resiste diante de tanta doçura...
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