"Eu faço [da História] um uso rigorosamente instrumental. É a partir de uma questão precisa que encontro na atualidade, que a possibilidade de uma História se desenha para mim. Mas a utilização acadêmica da História é, fundamentalmente, conservadora: reencontrar o passado de alguma coisa tem, essencialmente, a função de permitir sua sobrevida. A história do hospício, por exemplo, tal como foi feita muitas vezes - aliás, eu não sou o primeiro - era essencialmente destinada a mostrar algo como uma necessidade, uma fatalidade histórica. O que eu tento fazer é, ao contrário, mostrar a impossibilidade da coisa, a formidável impossibilidade sobre a qual repousa o funcionamento do hospício, por exemplo. As histórias que eu faço não são explicativas, jamais mostram a necessidade de alguma coisa, mas, antes, a série de encadeamentos, através dos quais o impossível foi produzido e reengendra seu próprio escândalo, seu próprio paradoxo, até agora. Tudo aquilo que pode haver de irregular, de casual, de imprevisível, num processo histórico me interessa consideravelmente".
(Michel Foucault: Entrevistas, Roger Pol-Droit, São Paulo, Graal, 2006, p.98; grifos meus)
(Michel Foucault: Entrevistas, Roger Pol-Droit, São Paulo, Graal, 2006, p.98; grifos meus)
hahahahahaha, sobre o post de baixo...
ResponderExcluireu confundiria pombas com os outros. hauhauahauhuahauahuh
e o bebê, melhorou?