24 agosto, 2008

Amora

Ontem foi a comemoração do aniversário da Juju, minha querida sobrinha e afilhada. Foi lá no INPE, lugar onde íamos - minha irmã e eu - bastante quando éramos pequenas.

Por isso mesmo, foi impossível não contar para o Rodrigo das coisasa que fazíamos: ali, na entrada, filho, tinha uma casinha para as corujinhas, e a gente sempre ficava um tempão a observá-las. (Ao mesmo tempo pensando no quanto de tristeza havia na música da Corujinha, da Arca de Noé, cantada pela Elis Regina). Ali, filho, era o prédio onde a vovó trabalhava. Ali, o prédio onde o vovô (meu padrasto) trabalha. Ali, onde o meu pai trabalhava. Aqui, onde está tudo em obras, o parquinho onde a gente se acabava de brincar nas festas juninas, nos churrascos do Laboratório da vovó...(Ao mesmo tempo, lembrando que foi naquela churrasqueira que conheci um cara que acabou sendo uma as maiores paixões da minha vida, com toda a intensidade que se tem aos 15 anos).

É engraçado revisitar lugares que foram palco de tantas experiências e que significam tanto. Por outro lado, não há nenhuma melancolia nessas lembranças.

sem saudade de você
sem saudade de mim
o passado passou enfim (Alice Ruiz)

No final da tarde, o Edu descobriu um pé de amora, carregadinho. De-lí-cia! Aí chamamos as crianças - Juju e a amiga, Diegôncio e Rodrigôncio, Júlia e Bia (que não são mais crianças, mas quem não é embaixo de um pé de amora?) e nos pusemos a colher amoras. O Rô se acabou de comer (roubou as que a Juju tinha colhido e também da colheita da Júlia).

E eu fiquei com a música do Renato Teixeira na cabeça: "Vou contar para o seu pai/ que você namora/ vou contar pra sua mãe/ que você me ignora"...

Pra terminar, então, bocadinho do Renato Teixeira.

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