08 julho, 2009

(envelhecendo)

Comecei a desfiar a memória com Pet Shop Boys






... passei também pelo Menudo




...pelo New Kids on the block



...pelo Polegar...




...e terminei com Dominó!

5 comentários:

  1. Comecei ummovimento interno de parar de ser preconceituosa - você sabe, eu achava o pet shop um lixo e tenho vergonha disso agora - mas mesmo que um tipo de música não seja minha preferida, eu ouço (estou ouvindo it's a sin e é bom...)

    Tudo começou com a leitura de um texto: http://www.verbeat.org/blogs/donizetti/2009/03/o-orkut-o-twitter-e-o-existir.html e antes eu tinha visto uma série em 3 partes da BBC chamada Brazil Brazil (sobre música brasileira, num recorte contextual, conheci coisas, particularmente no último video, sobre música brasileira que eu desconhecia completamente, e parei ate de ter preconceito contra o Funk... é absurdamente boa essa série)

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  2. Ai, Flavinha, eu e minha alma gay sempre amamos Pet Shop Boys (também amamos Barbra Streisand, mas deixemos isso pra outro dia...rs...). Eu tenho até hoje os LPs - embora não tenha mais vitrola para tocá-los :-(
    Nunca tinha ouvido falar dessa série da BBC! Vou procurar, pra ver depois que as férias acabarem! Obrigada pela dica.
    Beijocas!

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  3. (agora, dessas lembranças do post, o único que vale mesmo a pena é o PSB, né? Não gostar de Dominó, NKOB acho que nem chega a ser preconceito :-)

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  4. ABA tbm é tudo de bom, os dois juntos (ABA + Bárbara Str.) me lembram o filme "Será que ele é", que é tudo de bom, como antídoto pra preconceitos.

    Não gostar de dominó não é preconceito. Ter algo contra é. Sempre que vejo alguém se incomodar com algo sinto cheiro de preconceito. Se incomodar é diferente de achar engraçado, por exemplo - outro dia mesmo eu tava cantando "dá pra mim" e achando graça. É engraçado. Mas tem gente que se incomoda profundamente, a ponto de ter arrepios, quando passa por um bar e tá tocando... sei lá, funk das cachorras. Toda a forma de expressão tem algo de interessante que diz respeito a questões de classe, gênero e cor que estão muito mais claras pro povo que ouve estas músicas do que pra quem tem arrepio e fecha os ouvidos. Apesar de não ser uma socióloga na academia, eu me considero socióloga até dormindo: almoço, janto sociologia. E sociologia é mais que um método específico, uma maneira de ver que quer enxergar mais e mais questões - ou no caso, de ouvir.
    A maria Arminda foi uma que de cara detonou meus preconceitos contra peruas. Imagina o que eu tava imaginando ser a figura que ia dar Marx - macacão blue-collar, botas, suja de graxa, cabelos grisalhos presos sem muita arte num rabo-de-cavalo. Entra uma mulher gostosa, de panos esvoaçantes, sapato alto, cabelo loiraço armado, cheia de dourados. Tive que me aver com a minha imagem de mulher superficial.
    Anos depois, num churrasco, uma amiga hiponga diz que acha superficial a mulher que se empirua demais. Ao que eu respondo: "A superficialidade está naquele que tem a superfície ou naquele que enxerga a superfície?" Não perdi a amiga pois ela sabe levar porrada e devolver - sabe lidar com meu estilo punk de ser - sorte a minha, pois ela é muito legal e soube pensar no que eu disse com toda a classe.

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  5. Flá, concordo com você. É que sei que só gosto do Dominó até hoje porque ele me traz boas lembranças, de um tempo gostoso, de uma amigona querida... (e é meio a mesma coisa com New Kids, Polegar...). Mas hoje em dia, provavelmente eu não ouvisse. Já Pet Shop Boys... É claro que não seria com a mesma paixonite que eu tinha aos 11, 12 anos, mas eu ouviria, feliz...
    Mas acho que você está certíssima em relação a esses julgamentos superficiais que podem enrijecer tudo - quem julga superficialmente e quem adere ao que parece na superfície. E eu sempre tenho medo dessas prisões. (principalmente porque fui ficando velha e curtindo umas peruíces...rs...).
    A Arminda foi um choque pra muita gente e que bom que você pode abrir espaço pra ela. Sei de gente que mudou de turma porque não aguentou a contradição (azar deles, porque ela é uma ótima professora e uma ótima leitora de Marx, além de ser muito corajosa de bancar suas escolhas em um ambiente tão sufocante quanto a academia...).
    E eu tenho a mesma sensação que você - mesmo tendo ficado na Academia e tentado escapar várias vezes da sociologia, é principalmente fora dela que eu relembro o quanto sou socióloga: entranhou, nega, agora nós não temos o que fazer - tamo tudo perdido! :-)
    Beijos, querida!
    (e estou adorando esses posts com ares de papos e café na cozinha de casa, quando eu morava com Vini e Pet).

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