"Nomes se dão às doenças, na imensidão da dor.
Nomes se dão às crianças, na imensidão do amor"
(André Abujamra)
Nomes se dão às crianças, na imensidão do amor"
(André Abujamra)
Acordou assustada daquele sonho. Não que o sonho fosse mau: sonhara que estava parindo, dor e gozo misturados, o bebê pequeno e olhos bem abertos. "É uma menina!", alguém disse, e cruzou seu pensamento que ela nem saberia cuidar de uma menina. O medo logo passou quando o bebê veio ao seu colo, ainda unidas pelo cordão pulsante. O bebê olhou-a fixamente enquanto ela tentava adivinhar-lhe o nome: Isadora. "Você é Isadora, não é?". Era.
Acordou sobressaltada, fazendo contas de cabeça, a última menstruação, o período fértil, os seios doloridos, o inchaço, seria possível? Assustou-se com a dúvida. Assustou-se com a certeza: cedo ou tarde, viria Isadora.
Levantou-se, fez café, saiu pra trabalhar, almoçou com os amigos, carregando aquilo por dentro. No caminho de volta, a farmácia; na manhã seguinte, o teste, e a certeza afinal. Isadora não viria; ainda não. A lágrima escorreu ao mesmo tempo que o sangue.
Que texto lindo.
ResponderExcluirA lágrima e o sangue esconderram, mas, tenho certeza, a Isadora não. :)
Bjos
Adorei este blog, voltarei sempre para ler...
ResponderExcluirBeijos
http://donnasimonita.blogspot.com/