28 novembro, 2010

açúcar


Ontem nós fomos dar um beijo na Paula e no Sérgio, pessoas muito queridas, que estão no preparo e na espera do Francisco.

A Paulinha é uma amiga queridíssima. A gente tem coisas muito parecidas - uma meninice, uma certa suavidade que disfarça nossa leonininidade - mas também coisas diferentes: a Paulinha é quinhentas vezes mais paciente e cuidadosa do que eu, mil vezes mais capaz de costurar consensos, com sua delicadeza que faz cerzidos ali mesmo onde o tecido se esgarçara a ponto de parecer rasgado... Quando a gente trabalhava junto, eu não me cansava de admirar essa habilidade de ser flexível e firme, tudo ao mesmo tempo, pavimentando caminhos sem nunca precisar de trator.

Ela esteve tão presente durante toda a minha gravidez, fosse nas reuniões aqui em casa - ela, Toninho e eu, em longas conversas que ajudavam a dar nome numa experiência que, de certa forma, fora comum a nós três -, fosse nos telefonemas de compreensão e apoio quando o fato de gerar uma vida punha a nu as fragilidades dessa coisa que é viver. Sempre querida, sempre companheira.

Quando nos falamos sobre o chá de fraldas, fiquei super feliz de poder oferecer a eles o bolo e os docinhos, aliviando um bocadinho as preocupações que ela teria em organizar o encontro. Foi uma decisão em grande medida prática. Mas ontem, vendo os dois tão felizes, e vendo a Paulinha tão linda, tão amorosa com o Francisco, tão querida por tanta gente, percebi que esse era o presente mais coerente com o que ela significa para mim, com sua amizade cheia de doçuras: puro mel, inesgotável, que a chegada do Francisco, tenho certeza, só vai fazer multiplicar.

Imagem: daqui.

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