a espinha que teima em aparecer, ultimamente mais do que uma vez por mês, respingando de vermelho o rosto e latejando dores emergentes. a desafinada na hora de raiva, em que o orgulho queria o tom fosse àspero e inteiro, mas o corpo traidor trinca a voz em mil caquinhos. a batida do coração em disparada nos pequenos e nos grandes sustos cotidianos, alimentando ritmadamente as melhores e as piores expectativas. a insônia na véspera dos grandes acontecimentos, justo quando o descanso seria mais crucial. a fome no meio do dia de regime. a coceira em meio à necessidade de concentração. as gotas de café com leite na roupa já-pronta-pro-trabalho. a vida-torrente inundando a vida-fluxo, fazendo a água escapar do leito, obrigando a inventar outros sulcos por onde seja possível escorrer. eu mesma, assim derramada.
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