08 setembro, 2010

feriado

- Sexta-feira, depois de mais de um ano e meio sem visitar meus avós, Rodrigo e eu fomos finalmente vê-los. Eu ainda não tinha conseguido ver minha avó depois que ela fez uma cirurgia no joelho, que teve uma recuperação complicada depois que ela caiu uma noite e os pontos abriram... Mas agora ela já está boa, conseguindo andar, e abusando de vez em quando de tanto ficar em pé para fazer as coisas. Vejam vocês: teimosia é herança de sangue...

- E foi uma delícia ficar só batendo papo, jogando joguinhos com Rodrigo, sabendo de como andam as coisas e as pessoas. Contar ao Rodrigo histórias de infância, estando ali nos espaços que dão suporte à memória.

- Cansada de ver meu pão ficar meio embatumado, resolvi não adiar mais e comprar a máquina de fazer pão que namorava há tempos. Estou feliz da vida! O pão cresce animado, e fica uma delícia! O problema agora é a gente conseguir manter a dieta com tantas possibilidades de pão... Ontem fiz um integral e, como Rodrigo é ciumento e não gostou nada dessa história de só a máquina se divertir e quis porque quis fazer um "pão de mão", também fizemos um pão de batata doce - para aproveitar uma que já estava assada. Modéstia à parte ficou terrivelmente gostoso ;-) E eu ainda fiz queijadinha de tabuleiro - que aprendi com a minha avó. Chama "dieta de engorda"... 

- Como na sexta-feira tinha passado na biblioteca, resolvi reler Um copo de cólera, do Raduan Nassar. Eu tinha lido há uns quinze anos, mas me lembrava muito vagamente. Embora entenda que em determinado momento posso ter tido outros sentidos, detestei. Detestei-detestei. Acho que já falei, né, que tenho sérios problemas com literatura violenta, e o livro todo é de uma violência gratuita e auto-referida de dar enjôo.  #prontofalei.

- Estou ouvindo o cd novo do Interpol. Tem gente que não gostou, mas vou dizer: pra mim, soou como Interpol em sua melhor forma, tipo o primeiro cd (Turn on the bright lights). Se bem que eu sou suspeitíssima, né? Tenho dois cds dos caras no MP3 (agora vão ser 3!) que não consigo tirar nem tentando me convencer que é bom ouvir coisas novas - tem dias que só Interpol resolve.

- Outro cd novo que é ótimo é o do Arcade Fire (Suburbs). De deixar na repetição um dia inteiro :-)

- Então, pra começar a semana curtíssima, bocadinho de Arcade Fire, bocadinho de Interpol.



8 comentários:

  1. puxa, fabi, eu gosto tanto tanto do raduan nassar. ainda mais esse. no dia que houver saúvas no seu quintal, o ponto de vista muda. quando eu tinha vinte, tinha detestado também. de-tes-ta-do... bj. até domingo.

    ResponderExcluir
  2. veronika, talvez seja isso mesmo: falta de experiência com saúvas devoradoras de tudo o que a gente ama e cuida. Quando fui escrever o post, fiquei pensando se não deveria explicar direito, porque não é que achei o livro ruim (já não tinha achado da primeira vez, disso me lembro) - ao contrário, acho um bom livro. Mas por alguma razão, o excesso dele me enjoa, me faz querer ficar longe. Um mau livro nunca provocaria uma reação tão visceral (a não ser que fosse escatológico :-)
    Pode ser que um dia eu esteja mais tranquila para acolher em mim essa violência que jorra para todos os cantos - arremedo de gozo, ápice da ironia.
    Tenho coisinhas para te dar - te levo domingo.
    PC (pós-comentário): Ah! E pode ser também que o livro do Raduan Nassar tenha me pego muito mais sensível que o normal, já que eu vinha de ler outro livro, tão bonito-tão bonito que, no final, eu tinha um sorriso cheio de ternura aceso na cara. Era um livro em capa rosinha, edicão limitadíssima, cheio dos ires e vires do trem. Conhece?

    ResponderExcluir
  3. Fabiana, de vez em quando entro aqui no seu blog pra ler seus textos... na verdade, assino os feeds, e sempre que tem atualização, estou aqui, apesar de não comentar.

    Eu comprei recentemente a máquina de pão. Na verdade, troquei por pontos do cartão de crédito, e estamos bem felizes com ela. Não nos aventuramos a fazer pães diferentes - por enquanto, só o básico. Mas é muito gostoso comer pão caseiro, né?

    Adorei suas indicações de música! É bem o estilo que gosto. Pensei em procurar o Interpol, então queria uma dica de qual CD vc acha que eu devo escutar primeiro...

    Beijos

    ResponderExcluir
  4. Oi, Dáfni, obrigada pelas visitas.

    Também estamos gostando da maquininha... É uma delícia mesmo, comer pão quentinho, depois da casa ficar cheia de cheirinho de pão assando. A gente comprou a da Cadence, porque era mais barata e tínhamos visto um teste há algum tempo que a elegia como a melhor. Aos poucos vamos conhecendo as funções, né? Além de não comprar mais pão, também planejo não comprar mais pizza, usando aquela função que só amassa e espera crescer :-)

    Quanto às músicas, eu realmente tenho problema com Interpol - não canso nunca. O primeiro é ótimo (Turn on the bright lights) e gosto bastante do terceiro (Our love to admire) - acho mesmo que este último é meu preferido.

    Depois me conta o que achou. E me conta do que anda ouvindo, pra gente trocar figurinhas!

    Beijos!

    ResponderExcluir
  5. Oi Fabiana!

    A que eu troquei por pontos também é Cadence! Amanhã vamos fazer o teste da pizza, que também é uma boa função dela!

    Ah, eu vou procurar por essas indicações. Obrigada!

    Eu estou meio paradona no tempo... continuo escutando basicamente as mesmas coisas que escutava há dez anos atrás (rs): Sonic Youth, Pixies, PJ Harvey, Smashing Pumpkins... as coisas mais recentes que escutei foi o Franz Ferdinand e o Arctic Monkeys. E aí tem as coisas que eu escuto por osmose (meu marido ama música e o tempo inteiro está tocando alguma coisa diferente aqui): King Crimson, Yes, Pink Floyd, Mutantes, Black Sabath, Dio,... enfim, bastante coisa!

    E vc?

    Beijos

    ResponderExcluir
  6. "- E foi uma delícia ficar só batendo papo, jogando joguinhos com Rodrigo, sabendo de como andam as coisas e as pessoas. Contar ao Rodrigo histórias de infância, estando ali nos espaços que dão suporte à memória."

    Saudades desse tipo de coisa...
    Me senti tão à vontade no seu blog.

    Parabéns!!!

    ResponderExcluir
  7. Dáfni, é difícil mesmo a gente ficar por dentro das coisas novas; aliás, é difícil a gente conseguir identificar as coisas novas que valem a pena... Aqui em casa, com uma enteada de 2o e poucos e uma de 16, mais um marido que adora rock, muita coisa acaba circulando... E como agora dá para ouvir no youtube ou baixar para ouvir primeiro, fica mais fácil de "experimentar", né?
    Gosto dos Franz Ferdinand também. Artic Monkeys tem por aqui, mas eu nunca ouvi muito. Gosto de Wallflowers (a banda do filho do Bob Dylan), Travis, Keane (principalmente o último cd)... De vez em quando, até Audioslave. Strokes também, de vez em quando é super bom.
    Mas também é bom ouvir as coisas que ouvíamos antes. Eu sinto falta às vezes, porque ouvia tanta MPB, conhecia os cantores novos (principalmente as cantoras) e agora acabo não acompanhando. Pelo menos deu pra descobrir a Tulipa Ruiz, que é tudo de bom :-)
    Eu ouvia muito Björk há uns dez anos. E Piazolla! E Zeca Baleiro. Balaio total...
    Beijos!

    ResponderExcluir
  8. Oi, Adriana, obrigada. Entre, sinta-se mesmo à vontade ;-)
    Beijo.

    ResponderExcluir