o exercício consiste em ir por debaixo da água e voltar em qualquer estilo. quatro vezes, a professora me diz. (um conto da Doris Lessing um dia quase me mata afogada: a travessia da personagem me roubando o fôlego. emergi do conto precisando de socorro, ar, respiração boca-a-boca). obediente, faço o que a professora manda. mergulho, e a água me pesa como intenso presente. braços e pernas em movimento, vencendo a faixa pintada no chão. a maior armadilha é não olhar à frente - a água e a pressão multiplicadas por mil sem essa perspectiva. que carpe diem que nada! eu quero: a luz no fim do túnel, o pote no final do arco-íris, a linha de chegada.
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