25 julho, 2010

Falando da vida, falando da morte


O post que eu tinha começado a semana passada continua do mesmo jeitinho - inacabado.
Mas pelo menos o post que também estava no rascunho há tempos, no Margens, hoje deu pra escrever: Quando a vida é uma ordem. É sobre cuidados paliativos. Eu sei, o assunto não é exatamente agradável, mas nem por isso é menos necessário pensá-lo e falar sobre ele.

Tem uma expressão de que gosto muito e que, apesar dela se referir especificamente a tratamentos alternativos em saúde, acho que cabe em discussões como essas: "medicina doce". Pra mim, como paciente e usuária do sistema de saúde, quando penso em como gostaria de ser não somente tratada, mas cuidada pelos profissionais de saúde, é com essa "doçura" de que os cuidados paliativos também são exemplo: respeito à vida, informações claras e claramente comunicadas, o mínimo de exames e tratamentos agressivos ou invasivos... 

Mudando de alhos para buganvílias (meu avó falava de alhos para bugalhos, mas a Veronika subverteu a expressão e todos concordamos que bungavílias são tudo de bom nessa vida...), hoje assisti comediazinha romântica com o moço bonito que eu adoro... bobinha e previsível (como todas as comédias românticas), mas gostosinha. Pra botar o coração de molho no vinho e ver se a segunda-feira amanhece macia...

Ah! Pra terminar com boniteza:

Orvalho
O poema se vestiu de nuvem
e no horizonte adormeceu lilás.

E o frio que seguiu foi culpa do vento:

espalhou a poesia em gotas.

Thalita Martins, nos Pássaros Achados. Lindo, não? E uma das coisas que eu mais gosto nessa vida é grama molhada de orvalho - o cheiro, a sensação de pés descalços... "poesia em gotas", que a gente sorve homeopaticamente, mais para alimentar a sede do que para saciá-la.

Imagem: www.gettyimages.com

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