25 janeiro, 2012

revoluta

é sempre feito irrupção: o por dentro a se revolver lento, soltando o aroma da terra úmida rescendendo à chuva, trazendo à tona os galhos, as folhas, as pedras, as minhocas, os pedaços em putrefação. a revolução se anunciando no desejo de arar - verbo com dentes e vento a correr entre eles. à unha, cavar espaços para a nova semeadura, arrancando da terra surpresas. sim, é sempre irrupção, sobretudo quando a pressa desatenta os sinais. sobretudo quando a seta correndo à frente distrai da vida que é ciclo. onde havia nada, de repente um botão.

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