06 setembro, 2011

uma fonte em meio à mata

o que é um nome? uma conversa do pai com sabor de pescaria, uma lembrança querida, uma vontade de filiação, o signo do deslocamento antigo. uma forma de sedução: a pequena história dividida na doçura dos começos, quando os sorrisos sempre amplos e os olhos sempre lumes. um luto, quando desaparece aquele que, semi-encerrando uma linhagem, era capaz de escrevê-lo, a pinceladas grossas no papel de arroz. uma esperança, na ponta do nome dos filhos, identificando-os no mesmo movimento que os mistura em laços mais largos e ancestrais. um encontro: a imprecisão do significado desimportante frente à descoberta de me aproximar de você, os pés descalços no macio da terra molhada, os pelos arrepiando-se com o sopro da sombra e a sede satisfeita em goles largos da água limpa. abundante. sempre fresca.

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