09 novembro, 2011

frágil

tentando colocar ordem nos arquivos nesses últimos oito anos de pesquisa (ô tarefa interminável), encontrei aquilo que, em algum momento do doutorado, achei que pudesse virar epígrafe e hoje só sei disso por conta do nome do documento em que a passagem está anotada. por fim, com o rumo que as coisas tomaram, a epígrafe virou outra, embora também da Clarice, pois se tratava se sublinhar a disposição para um certo modo de pensar e trabalhar. de todo jeito, foi bom reencontrar o trechinho destacado, com a surpresa de quem lê a primeira vez.

E quero saber se a esperança era uma contemporização com o impossível. Ou se era um adiamento do que é possível já - e que eu só não tenho por medo. Quero o tempo presente que não tem promessa, que é, que está sendo. Este é o núcleo do que eu quero e temo. Este é o núcleo do que eu jamais quis. (Clarice Lispectos, n'A paixão segundo G.H.).

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