No sábado, fomos ao casamento da Tatiana e do Alex, compartilhar com eles a alegria e a festa do amor quando começa e recomeça. A Tati provavelmente é uma das noivas mais lindas que já vi, com suas unhas e sapatos vermelhos, ao mesmo tempo tão despida de véus, coroas, penteados demorados... e, por isso mesmo, tão absolutamente deslumbrante.
Não conheço muito o Alex, embora eles estejam juntos já há bastante tempo. Por alguma razão, ou por várias, a mesma vida que um dia tornou possível que a Tati e eu nos encontrássemos e construíssemos uma amizade forte e intensa, foi tornando difícil a gente participar do cotidiano uma da outra. Nem por isso o carinho que sinto por ela é qualquer vírgula menor - volta e meia esbarro com pedacinhos daquele nosso convívio miúdo, as músicas, as cartas, cartinhas e cartões, as fitas cassete que gravávamos, na casa da Ju, embaladas por insônia e álcool... Tanta gostosura, tanta partilha. Tantos fios entrelaçados - se não fosse por ela, Edu e eu nem teríamos nos conhecido, nem teríamos conversado por horas, nem teríamos construído esses nove anos de vida em comum.
Fiquei imensamente feliz e grata por poder participar desse momento. E de reencontrar tanta gente querida, de quem igualmente gosto, ainda que não nos vejamos com frequência. Ter na minha vida essas pessoas tão queridas, saber que estão bem, felizes, construindo suas vidas me faz um bem danado - dá sentido à nossa história comum, mas também me ampara e me dá consistência. É feito poder voltar para casa quando a gente se sente um pouco perdido e sozinho.
Como escrevi em algum cartãozinho para a Tati, há tanto tempo que perdi a data, "hay cosas que te ayudan a vivir". Pessoas queridas como a Tati e o Alex certamente estão entre elas.
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