Se te pareço noturna e imperfeita/ Olha-me de novo. Porque esta noite/ Olhei-me a mim, como se tu me/ olhasses. E era como se a água Desejasse/ Escapar de sua casa que é o rio / E deslizando apenas, nem tocar a margem. Te olhei. E há tanto tempo/ Entendo que sou terra. (Hilda Hilst)
28 agosto, 2014
por onde ando
Hoje, é por aqui.
12 agosto, 2014
têmpera
essa música não é só uma música: é um lugar e um tempo. é o apartamento que eu dividia com o vinicius. é o sofá em que a gente assistia o vídeo de um especial com a marilia pêra gravado da tv, na época em que ainda era necessário rebobinar para ouvir à mesma música mais de uma vez. é um momento úmido em um ciclo seco duradouro. é repetição da lição de que ser mulher é desdobrar-se, reinventar-se, estar disposta à mudança. é idealização de um feminino que não existe em parte alguma, mas que apesar disso reconheço em mim, nesse corpo, nisso que podia ser chamado de alma. um lugar e um tempo bons de voltar. tanto mais nesses tempos difíceis, que raspam até o tacho a energia que a gente tem pra viver.
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