Se te pareço noturna e imperfeita/ Olha-me de novo. Porque esta noite/ Olhei-me a mim, como se tu me/ olhasses. E era como se a água Desejasse/ Escapar de sua casa que é o rio / E deslizando apenas, nem tocar a margem. Te olhei. E há tanto tempo/ Entendo que sou terra. (Hilda Hilst)
27 maio, 2009
Falta um tanto ainda, eu sei
22 maio, 2009
Contagem regressiva...
O Wind,
If Winter comes, can Spring be far behind?
Shelley, Ode to the West Wind.
08 maio, 2009
Intervalo
Queridas e queridos, estou fazendo uma pausa mais que necessária para terminar essa tese.
Volto dia 2 de junho!
Enquanto isso, cuidem-se e - como dizia Fernando Pessoa à Ophelinha - comam, durmam e não percam grammas.
Beijos.
Volto dia 2 de junho!
Enquanto isso, cuidem-se e - como dizia Fernando Pessoa à Ophelinha - comam, durmam e não percam grammas.
Beijos.
06 maio, 2009
Despedir-se
Acho que eu já sabia disso antes de parir um filho, mas a convivência com o Rodrigo me ensinou muito mais sobre os movimentos envolvidos em desdobrar-se de si mesmo. É quase um parto: por mais que a gente queira, não dá para evitar a dor; o que dá é para acolhê-la como parte do processo e ser paciente com cada fase, cada passo na direção de um renascimento. Porque desdobrar-se é renascer.
Pode ser por uma crise qualquer, pode ser por um momento de transição, pode ser um evento maior como a morte ou a vida...Mas de repente a gente se sente sufocado debaixo da própria pele e o corpo inteiro dói, contido numa casca estreita demais. Os limites ficam tão evidentes que apertam o peito, a alma, a vida. E aí a gente tem que escolher se vai querer manter a mesma casca ou se vai ter a coragem de sair de dentro de si mesmo, arriscando-se até que uma nova forma seja possível. Nem sempre a gente abandona a si mesmo já sabendo onde ir e decidir sair significa enfrentar o mundo e seus perigos armado apenas de uma quase-nudez.
Para desdobrar-se é preciso liberdade. É por isso que às vezes a gente é desajeitado e quebra tudo em volta ao tentar se libertar. É difícil experimentar-se de outras maneiras quando quem está em volta insiste em oferecer o mesmo espelho. Tudo mudou por dentro, e lá vem o outro, com o mesmo olhar de sempre a nos aprisionar.
Bom mesmo é quando o outro é companheiro do nosso renascimento. Quando nos dá as mãos, quando não só acredita que seremos capazes de passar por aquele momento como confia que continuará nos amando, passada a tempestade. Quando divide com a gente o susto da novidade. Se o outro dá essa liberdade e tem essa delicadeza, fica mais fácil abandonar apenas a casca que não serve mais, sem precisar de violência. Com amorosidade, a gente dá a luz a si mesmo sem tanta dor.
Desdobrar-se é também despedir-se de si mesmo; mover-se adiante, cumprir uma etapa, deixar algo pra trás. Com tristeza ou alegria, é despedida. Lenço branco acenando à distância. A gente perde a vida pra ganhá-la, não é mesmo assim o ensinamento bíblico?
"Mulher é desdobrável./Eu sou" (Adélia Prado).
Eu sou.
Imagem: Jen Stark
Pode ser por uma crise qualquer, pode ser por um momento de transição, pode ser um evento maior como a morte ou a vida...Mas de repente a gente se sente sufocado debaixo da própria pele e o corpo inteiro dói, contido numa casca estreita demais. Os limites ficam tão evidentes que apertam o peito, a alma, a vida. E aí a gente tem que escolher se vai querer manter a mesma casca ou se vai ter a coragem de sair de dentro de si mesmo, arriscando-se até que uma nova forma seja possível. Nem sempre a gente abandona a si mesmo já sabendo onde ir e decidir sair significa enfrentar o mundo e seus perigos armado apenas de uma quase-nudez.
Para desdobrar-se é preciso liberdade. É por isso que às vezes a gente é desajeitado e quebra tudo em volta ao tentar se libertar. É difícil experimentar-se de outras maneiras quando quem está em volta insiste em oferecer o mesmo espelho. Tudo mudou por dentro, e lá vem o outro, com o mesmo olhar de sempre a nos aprisionar.
Bom mesmo é quando o outro é companheiro do nosso renascimento. Quando nos dá as mãos, quando não só acredita que seremos capazes de passar por aquele momento como confia que continuará nos amando, passada a tempestade. Quando divide com a gente o susto da novidade. Se o outro dá essa liberdade e tem essa delicadeza, fica mais fácil abandonar apenas a casca que não serve mais, sem precisar de violência. Com amorosidade, a gente dá a luz a si mesmo sem tanta dor.
Desdobrar-se é também despedir-se de si mesmo; mover-se adiante, cumprir uma etapa, deixar algo pra trás. Com tristeza ou alegria, é despedida. Lenço branco acenando à distância. A gente perde a vida pra ganhá-la, não é mesmo assim o ensinamento bíblico?
"Mulher é desdobrável./Eu sou" (Adélia Prado).
Eu sou.
Imagem: Jen Stark
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01 maio, 2009
Kogepan
Então, que eu tinha esquecido do Kogepan até a Ana Lúcia me deixar vários recados hilários n'orkut. É a história de um pãozinho que ficou tempo demais no forno, então ele é queimado e deprimido. Para aliviar a tristeza, ele se embebeda...com leite. Ele tem amigos também, mas pelo que lembro, os amigos também são pães ou docinhos que não deram certo :-(
Nem lembro como conheci, mas quando descobri no youtube passei a gostar mais ainda. Vejam se não é fofo:
PS: Marido, eu juro que tô trabalhando. Só parei para jantar e assistir Supernatural, porque ninguém é de ferro! Beijos procês!
Nem lembro como conheci, mas quando descobri no youtube passei a gostar mais ainda. Vejam se não é fofo:
PS: Marido, eu juro que tô trabalhando. Só parei para jantar e assistir Supernatural, porque ninguém é de ferro! Beijos procês!
Come to mama, Cass...
(da série "trocadalhos do carilho").
Gente! Esse episódio foi tudibão! Tava na hora mesmo de darem mais espaço pro Misha Collins...O cara é muito bom (e fiquei achando mais ainda agora que o Mauricio me contou o tanto de coisa bacana que ele já fez nessa vida). E não vou falar mais nada para evitar spoilers. Mas quero só ver como é que essa temporada vai acabar.
Imagem: http://www.fanpop.com/spots/supernatural/images/2465743
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