18 janeiro, 2009

Paixão antiga

Eu nunca gostei de ir à manicure. Detesto papo e ambiente de salão de beleza: mesmo para cortar o cabelo, vou adiando, adiando até não ter mais jeito.

Pelo menos em relação à manicure, as coisas mudaram quando eu conheci a C. Como atende em sua casa e com hora marcada, a gente acaba não encontrando muita gente. Além disso não tem aquela piração de egos entre cabeleireiros e suas hierarquias malucas (vai dizer que nunca percebeu as "castas" divididas por cores de avental ou uniforme nos salões?). Foi assim que me habituei a fazer as unhas regularmente.

A C. também é boa de papo. Depois de tanto tempo de convívio, a gente acabou se conhecendo e eu hoje gosto muito dela. Tanto que minhas idas vão ficando cada vez mais compriiiiidas, por causa do papo.

Ontem, ela estava rememorativa, me contou histórias do passado, de amores e paixões. Talvez por isso hoje eu tenha acordado com a música do Tim Maia na cabeça, "Paixão antiga". Acho que era tema de alguma novela há muitos e muitos anos porque os acordes iniciais me transportam no tempo uns quinze anos (indisfarçável que estou envelhecendo :-)

E essa música é tão boa e exata, falando dessa mistura de tempos e emoções que nos acometem quando encontramos uma paixão antiga - o coração dispara e a gente volta a ter quinze anos (mesmo se a paixão aconteceu bem depois disso), pernas bambas e um desejo que não cabe no corpo...Então, mesmo que ainda estejamos na vibe começo de ano e novas coisas, um pouquinho de Tim Maia para celebrar as boas lembranças.



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